Tiroteio em escolas – Wikipédia, a enciclopédia livre

Tiroteio em escolas é uma modalidade de violência perpetrada com arma de fogo em que o alvo é o ambiente educacional, definido pelo Serviço Secreto dos Estados Unidos como "local deliberadamente escolhido para o ataque"[nota 1][1] e provocam grande impacto na sociedade, sendo uma tragédia que revela a crueldade do autor sobre estudantes e professores indefesos, num ambiente que se destina à preparação dos jovens para o futuro.[2]
Em geral os atiradores são solitários, embora em dois casos nos Estados Unidos agiram em duplas.[2] Até o ano de 2012 foram registrados em todo o mundo cerca de 400 ataques em escolas; cerca de 87% dentre os que atiraram contra alunos nos últimos 45 anos foram estudantes que sofreram bullying na própria instituição.[2] Entretanto, há casos em que funcionários da instituição foram os autores, como o diretor da escola de Droyssing, na Alemanha, que atirou contra os alunos matando três e ferindo igual número, sendo depois linchado por moradores próximos ao lugar que ouviram os tiros.[2]
Nos Estados Unidos o primeiro caso de tiroteio em escola registrado foi o de Brenda Ann Spencer que, em 1979, munida de um rifle atirou contra a escola que ficava do outro lado da rua de sua casa, matando o diretor e um funcionário, ferindo oito crianças e um policial - alegando, depois de tê-lo feito, que o motivo seria por "não gostar de segundas-feiras"; Brenda teria, ainda, servido de inspiração a outros atiradores do seu país - inclusive um que ocorreu dez anos depois contra uma escola com o mesmo nome daquela que atacara: Cleveland Elementary School.[3] Este também teria sido o primeiro ataque em escola feito por uma mulher.[4][5]
Ataques no Brasil[editar | editar código-fonte]
No Brasil o caso mais grave foi o chamado Massacre de Realengo na Escola Municipal Tasso da Silveira, perpetrado pelo ex-aluno Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, que invadiu o lugar armado com dois revólveres disparou contra os alunos, matando doze deles, para ao fim cometer suicídio.[2]
Recentemente, notou-se um aumento considerável no número de ataques a escolas em um curto espaço de tempo, a seguir podemos observar uma tabela que resume quantitativamente esses ataques:[6]
Data | Escola | Cidade | Estado | Vítima(s) fatal(is) | N° de sobrevivente(s) | Morte do(s) executor(es) |
---|---|---|---|---|---|---|
28-10-2002 | Escola Sigma | Salvador | BA | 2 | 0 | não |
28-01-2003 | E. E. Coronel Benedito Ortiz | Taiúva | SP | 0 | 8 | sim |
07-04-2011 | E. M. Tasso da Silveira | Rio de Janeiro | RJ | 12 | 13 | sim |
22-09-2011 | E. M. Alcina Dantas Feijão | São Caetano do Sul | SP | 0 | 1 | sim |
11-04-2012 | E. E. Enéas Carvalho | João Pessoa | PB | 0 | 3 | não |
05-10-2017 | Centro Municipal de Educação Infantil Gente Inocente | Janaúba | MG | 14 | 37 | sim |
20-10-2017 | Colégio Goyases | Goiânia | GO | 2 | 4 | não |
28-09-2018 | C. E. João Manoel Mondrone | Medianeira | PR | 0 | 2 | não |
13-03-2019 | E. E. Professor Raul Brasil | Suzano | SP | 8 | 11 | sim |
Notas e referências
Notas
- ↑ Livre tradução para: "deliberately selected as the location for the attack".
Referências
- ↑ Bryan Vossekuil (2004). «The Final Report and Findings of the Safe School» (PDF). Washington, DC: United States Secret Service. p. 4. Consultado em 1 de fevereiro de 2016
- ↑ a b c d e Gilda de Castro Rodrigues (2012). «O bullying nas escolas e o horror a massacres pontuais». Pontifícia Universidade Católica de São Paulo: Ponto-e-Vírgula. Revista de Ciências Sociais, n.º 11, ISSN 1982-4807. Consultado em 1 de fevereiro de 2016
- ↑ Maloy Moore (6 de março de 2001). «Past School Shootings». Los Angeles Times. Consultado em 23 de janeiro de 2016
- ↑ Joseph A Lieberman (2008). School Shootings (When You Send Your Children To School In The Morning, Do You Worry That You May Never See Them Again?). [S.l.]: Kensington Publishing Corp. p. 214. ISBN 0806535695
- ↑ Mara Bovsun (3 de novembro de 2013). «Justice Story: 16-year-old girl shoots up school, tells reporter 'I Don't Like Mondays'». New York Daily News. Consultado em 30 de janeiro de 2016
- ↑ «Realengo, Janaúba e outros: episódios de ataques em escolas no Brasil»